quinta-feira, 9 de junho de 2011

PAULO FREIRE

Bibliográfia:
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.

No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).

Texto adicional
Tempos de mobilização e conflito

Aula em Angicos, em 1963: 300 pessoas
alfabetizadas pelo método Paulo Freire em um mês. Foto: acervo fotográfico dos arquivos Paulo Freire do Instituto Paulo Freire
O ambiente político-cultural em que Paulo Freire elaborou suas idéias e começou a experimentá-las na prática foi o mesmo que formou outros intelectuais de primeira linha, como o economista Celso Furtado e o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997). Todos eles despertaram intelectualmente para o Brasil no período iniciado pela revolução de 1930 e terminado com o golpe militar de 1964. A primeira data marca a retirada de cena da oligarquia cafeeira e a segunda, uma reação de força às contradições criadas por conflitos de interesses entre grandes grupos da sociedade. Durante esse intervalo de três décadas ocorreu uma mobilização inédita dos chamados setores populares, com o apoio engajado da maior parte da intelectualidade brasileira. Especialmente importante nesse processo foi a ação de grupos da Igreja Católica, uma inspiração que já marcara Freire desde casa (por influência da mãe). O Plano Nacional de Alfabetização do governo João Goulart, assumido pelo educador, se inseria no projeto populista do presidente e encontrava no Nordeste – onde metade da população de 30 milhões era analfabeta – um cenário de organização social crescente, exemplificado pela atuação das Ligas Camponesas em favor da reforma agrária. No exílio e, depois, de volta ao Brasil, Freire faria uma reflexão crítica sobre o período, tentando incorporá-la a sua teoria pedagógica.
Para pensar
Um conceito a que Paulo Freire deu a máxima importância, e que nem sempre é abordado pelos teóricos, é o de coerência. Para ele, não é possível adotar diretrizes pedagógicas de modo conseqüente sem que elas orientem a prática, até em seus aspectos mais corriqueiros. "As qualidades e virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e fazemos", escreveu o educador. "Como, na verdade, posso eu continuar falando no respeito à dignidade do educando se o ironizo, se o discrimino, se o inibo com minha arrogância?" Você, professor, tem a preocupação de agir na escola de acordo com os princípios em que acredita? E costuma analisar as próprias atitudes sob esse ponto de vista?
Introdução
Neste livro Paulo Freire ressalta a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa tarefa docente.O nosso preparo científico como professor deve coincidir com nossa retidão ética.
Ele enfatiza ser este livro esperançoso e otimista,onde ele nos mostra a não se acomodar diante das necessidades de mudar,pois o educando já possui uma história de vida,já traz de casa uma aprendizagem do seu dia a dia e isto não pode ser desconsiderado e o que cria várias possibilidades de aprendizagem na história do educando.
O livro apresenta três capítulos.São eles:
1º capítulo-Não há docência sem discência.
2º capítulo - Ensinar não é transferir conhecimento.
3º capítulo – Ensinar é uma especialidade humana.E é sobre o 3º capítulo que será feita nossa resenha crítica.

5 comentários:

  1. QUERO PARABENIZAR O PROF ADRIANO PELA IDEIA DO BLOG CONFESSO QUE NO COMEÇO ACHEI RUIM MAIS DEPOIS DA APRESENTAÇÃO VENDO AS PESSOAS SE SUPERANDO, EXPLICANDO, E COLOCANDO O QUE PODE TA AJUDANDO NÓS FUTURAS PEDAGOGAS COMO E O CASO DESTE AUTOR AO MEU VER UM DOS MELHORES, ESTOU MUITO FELIZ COM O RESULTADO MEU E DE MINHAS COLEGAS DE SALA PROF OBRIGADO PELO APOIO, PELA COMPREENSÃO QUE EM NENHUM MOMENTO FOMOS JULGADOS E SIM A CADA PASSO DADO ERRADO HOUVE O CONCERTO ENFIM .TAREFA DADA E TAREFA CUMPRIDA!E QUE VENHA O SEGUNDO SEMESTRE UM ABRAÇO A TODOS CARLA RESILLE 1B PEDAGOGIA

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  2. Adorei a apresentação e achei muito interessante saber um pouco mais sobre Paulo Freire.

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  3. Adorei o trabalho, tenho certeza que o método de Paulo Freire influenciará em nossas carreiras!
    Soraia Vicente 1ºB

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  4. ADOREI A APRESENTAÇÃO DAS MENINAS ,GOSTO MUITO DOS METODOS DE PAULO FREIRE.....ANDREWS 1B

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  5. Claudia Artero

    Esse trabalho realmente me trouxe um pouco mais conhecimento sobre esses educadores imortais, mas Paulo Freire pra mim foi uma das mentes mais brilhantes, pois percebi a contribuição imensa desse grande homem para o desempenho da educação.

    o ser humano já possui conhecimento em seu dia a dia, cabe a nós futuros pedagogos respeitarmos as diferenças individuais e culturais para podermos interagir com o outro, replantando todo esse conhecimento deixado por ele.

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