quinta-feira, 2 de junho de 2011

PEDAGOGIA FREINETIANA

O trabalho de Célestin Freinet difere-se de outros educadores, por ser histórico, partindo do princípio que as crianças devem ser educadas pelo trabalho. Na opinião dele a sociedade é cheia de contradições que refletem os interesses das classes sociais que nela existem, sendo que tais contradições penetram em todos os aspectos da vida social, inclusive na escola.
O trabalho é um princípio que educa, uma necessidade da criança e o professor tem por objetivo levar os alunos a compreendê-lo como atividade fundamental do ser humano.
Para ele, organizando o trabalho teremos resolvido os principais problemas de ordem e disciplina.
Na visão de Freinet, os estudos sobre a criança partem da própria criança, conhecendo a maneira de ser e pensar da criança para ajudá-las nas dificuldades, por esse motivo, aprender por grupos de trabalho, tendo o trabalho como o processo de reorganização espontânea de vida na escola e na sociedade, é um princípio no qual o trabalho produtivo é um contínuo ensinar e aprender. Ele critica o trabalho alienado e defende uma educação que permite uma reflexão critica contra as formas de exploração do trabalho. Analisando de forma crítica o autoritarismo da escola tradicional nas regras rígidas da organização do trabalho, no conteúdo determinado de forma caprichosa.
As mudanças necessárias e profundas na educação deveriam ser feitas pela base, ou seja, pelos próprios professores.
O movimento pedagógico fundado por Freinet caracteriza-se por sua dimensão social, evidenciada pela defesa de uma escola, centrada na criança, que é vista não como um indivíduo isolado, mas, fazendo parte de uma comunidade, um elemento ativo de mudança social e é também popular por não marginalizar as crianças das classes menos favorecidas.
Célestin Freinet elabora toda uma pedagogia construída com base na experimentação e documentação, que dão à criança instrumentos para aprofundar seu conhecimento e desenvolver sua ação.
Dá grande importância a participação e integração entre famílias, comunidade e escola defendendo o ponto de vista de que “se se respeita a palavra da criança necessariamente há mudanças”.


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