quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ensinar exige liberdade e autoridade.

Nesta parte do livro foi discutida a questão sobre a autoridade e liberdade em sala de aula, como um professor pode lidar com estas questões sem ser autoritário demasiadamente e não ser libertino por demais.
Paulo Freire diz que o ideal é ser um professor democrático em sala de aula, que saiba dosar sua autoridade e ao mesmo tempo dar liberdade para que os alunos se desenvolvam em um clima que propiciem o direito e o respeito mútuo, que dê condições a se prosseguir na prática docente.
Há um relato de um jovem professor universitário democrático que teve de usar de sua autoridade para que se mantivessem as condições necessárias para uma boa qualidade de ensino-aprendizagem. Faz-se necessário o uso da autoridade ao chamar a atenção do aluno de outra sala que estava à porta atrapalhando com conversa paralela com um aluno de sua sala. Por isso o professor se questiona até quando se deve usar de sua autoridade e quando deve dar liberdade?
É de essencial e fundamental importância que o professor saiba diferenciar liberdade de ser licencioso. A liberdade envolve os seus próprios direitos e deveres e até quando a minha liberdade termina para que a liberdade do próximo seja garantida. Ela envolve e engloba vários fatores que seus alunos devem ter em mente para poderem fazer uso dela. Já ser licencioso é permitir transgressões de regras sem as devidas consequências cabíveis. Por isso o educador tem de estar bem preparado para lidar com estas questões em sala de aula, pois ser democrático envolve toda a vivência de mundo que você professor tem e as de seus alunos. É saber respeitar as diferenças sem extrapolar os limites éticos da liberdade.
Por isso Paulo Freire defende que para ser democrático o professor deve assumir seu papel independente de dar aulas em uma escola pública de periferia ou na melhor escola particular da cidade. É propiciar as condições necessárias para a prática docente e dar o seu melhor onde quer que esteja.
Para se ter liberdade e se proporcionar liberdade em sala de aula é uma questão de amadurecimento físico-social de cada um. O ser humano não nasce “pronto” com suas relações e formações psíquicas formadas em relação a um ser humano adulto. Cabe a nós professores, pais, cidadãos a dar condições para uma boa formação de caráter. O caráter veem de nossas escolhas tomadas no decorrer da vida e a consciência de que para cada escolha temos uma consequência que só ele será capaz de lidar com ela.
Tudo isso envolve no aluno ter a autonomia de fazer suas escolhas, mas nosso papel é de alertá-los sobre as consequências, mas não de influenciá-los em suas escolhas. Pois o Próprio Paulo Freire diz:
“...Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém...” (pg. 107).
Então para ser autônomo é um processo de amadurecimento que todos nós devemos passar e este processo não tem data marcada, ele depende de suas próprias experiências de tomadas de decisões e de responsabilidade sobre elas.

Ensinar exige tomada consciente de decisões.
Nesta parte o livro relata sobre a educação humana como um ato de intervenção no mundo. Intervenção esta que está ligada à formação do ser humano quanto ao caráter, relações sociais, economia, etc...
Comenta sobre a postura correta de um professor ao lidar com estas questões: de liberdade, direitos e deveres. Cabe ao professor nunca ter a política da neutralidade, ele deve assumir uma postura perante as relações sociais e políticas de sua sala e sociedade a que seus alunos estão inseridos.
Paulo Freire aqui comenta sobre o respeito mútuo entre educadores e escolas, educadores e seus educandos, o respeito sendo colocado à prova.
“... Lutar pelo direito que tenho de ser respeitado e pelo dever que tenho de reagir a quem me destratem...” (pg. 111 a 112).
Ter uma postura neutra é ser indiferente com os fatos e acontecimentos à sua volta causando uma sensação de descaso perante o ocorrido. Como muitos andam fazendo a política da hipocrisia e da injustiça o fato de “lavar as mãos”, segundo Paulo Freire é dar força e poder ao opressor.
Ainda mais que o próprio autor se coloca em uma postura de professor democrático e afirma que a educação jamais deve abandonar o saber motivador e sustentador de lutas.
“... se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental ela pode.” (pg. 112).
Pensando nisto tudo cabe a nós futuros professores e professores na ativa ter uma postura democrática em sala de aula, independentemente de sua classe social, lutar pela educação de qualidade à nossos alunos um direito dado à todos e um dever nosso de assegurar de que haja realmente uma luta democrática pelo saber.

3 comentários:

  1. MÁRCIA BATISTA
    A APRESENTAÇÃO SOBRE JEAN PIAGET ,TROUXE-ME ENRIQUECIMENTO NO SENTIDO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO ,MOSTRA UMA TEORIA POR ETAPAS ,QUE PRESSUPÕE QUE OS SERES HUMANOS PASSAM POR UMA SÉRIE DE MUDANÇAS ORDENADAS E PREVISÍVEIS .ENTRETANTO ,NA VISÃO DE PIAGET ,DEIXA CLARO QUE A EDUCAÇÃO DEVE POSSIBILITAR À CRIANÇA UM DESENVOLVIMENTO AMPLO E DINÂMICO.
    PARABÉNS AO GRUPO ADOREI.

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  2. A razão de Paulo Freire parece depender de uma condição idealizada do meio, onde haveria sempre respeito mútuo. Mas a realidade é diferente, então Paulo Freire não teorizava para o mundo real mas para um mundo ideal, aos moldes de uma mentalidade revolucionária (sempre voltada para um futuro e alheia ao hoje). Estou errada em pensar assim?

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  3. A razão de Paulo Freire parece depender de uma condição idealizada do meio, onde haveria sempre respeito mútuo. Mas a realidade é diferente, então Paulo Freire não teorizava para o mundo real mas para um mundo ideal, aos moldes de uma mentalidade revolucionária (sempre voltada para um futuro e alheia ao hoje). Estou errada em pensar assim?

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